domingo, 4 de outubro de 2015

Evoluindo com a música








Aprendi desde criança a gostar de música. Meu primeiro contato com ela foi ouvindo ritmos gaúchos, boleros e tangos na velha vitrola que existia na minha sala. O meu pai era um apreciador destas melodias, eu ficava ao seu lado enquanto ele escutava estes ritmos. Outras vezes ele colocava um tango a tocar na vitrola e procurava minha mãe que estava fazendo a janta e cantava pra ela a música Adios Pampa Mia. Eu achava muito engraçado. Fui crescendo, ao longo da década de 80, e conheci o rock e o pop. Minhas paixões até hoje. Lembro com carinho das tardes de domingo que ficávamos reunidos até a noite na casa do Rui e da Marina. Lá a música reunia crianças, adultos e velhos. O toca-discos tocava Robin Gibb com sua música Boys do fall in love, Rod Stewart com Baby Jane, Michael Jackson com seu Triller e acompanhávamos fazendo coreografias. Não se pode esquecer do RPM e a Rádio Pirata, Legião Urbana, Paralamas do Sucesso entre outros grupos. O piso da sala onde dançámos era de madeira e quando a música agradava os participantes o disco de vinil pulava no aparelho de som. O que desagradava o dono do LP, podia riscá-lo. 


 
Esperava ansiosamente para ver os clipes no Fantástico, nossa única opção. Os clipes musicais demoravam a chegar, pois não tínhamos internet ou canais musicais. Hoje as acessamos a qualquer hora. No ensino fundamental papos sobre música rolava na sala aula. Trocávamos revistas por baixo da classe como Bizz, Show Bizz e Posters Rock com nossos artistas preferidos. Numa dessas trocas descobri o rock pesado do Metálica e outras bandas da década de 60 e 70. De uma aula para outra aprendi com minha professora de matemática a música clássica. Fiquei encantada com sua melodia. 

No domingo passado olhei o show da banda A-ha no Rock’n Rio. Lembrei de quando conheci essa banda. Eu era apaixonada por eles e tenho dois discos de vinil da época. Na segunda quadra da Dr Bozano tinha uma pequena loja discos e instrumentos musicais Som Brasil. Descia a rua e via um monte de meninas gritando quando a capa disco foi colocado na estreita vitrine. Parei e olhei, era o disco no do A-ha, fui correndo para casa e incomodei meu pai uma semana para ganhá-lo, depois de tanta insistência consegui o dinheiro.




             Entrei na adolescência com meu corpo e mente cheios de energia. Adorava juntar a galera para dançar pagode, axé e rock nas noites de Santa Maria. As festas acabavam ao amanhecer. Recordo de sair com o sol no meu rosto. O corpo estava cansado mas a mente tão leve. É claro que o samba não era esquecido. Não perdíamos um carnaval e o quartel general era minha casa. A mãe perdia seu quarto, pois era o local onde dormíamos ao chegar da festa. Entrei na faculdade e nossas festas eram embaladas por pagode, axé e muita música gaúcha. Nas conversas com colegas durante as festas conheci a banda Creedence a qual gosto até hoje. A música faz parte da minha vida e, atualmente, escuto o ritmo musical apropriado para cada momento. Há alguns estilos musicais que não gosto, mas respeito o estilo de cada um. O importante é escutar a música que nos faça bem ao coração e alma.   

Eliana Vilanova P. Santos



 Metállica (Nothing else matters)

Michael Jackson (Thriller) 

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